A professora do curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA/RS), Bárbara Costa Beber (CRFa 7-8864), vem coordenando um projeto de pesquisa que tem como objetivo melhorar o preparo dos fonoaudiólogos brasileiros para atuar na área das demências. O projeto baseia-se na justificativa de que é necessário preparar os profissionais de saúde para o rápido crescimento das taxas de prevalência e incidência desta condição neurológica, previsto para as próximas décadas.
Uma das etapas do projeto é tentar avaliar o conhecimento, preparo e treinamento que os fonoaudiólogos brasileiros têm atualmente. Para obter esses dados, o projeto lança mão de um questionário online que pode ser respondido por qualquer fonoaudiólogo do país, desde que já formado. Segundo Bárbara Beber, o formulário ficará disponível na internet até final de junho de 2019.
A fonoaudióloga gaúcha informou que o projeto tem apoio financeiro do Alzhimer’s Association e do Global Brain Health Institute, que são as duas instituições internacionais mais importantes na área. “Com base nos resultados dessa pesquisa, vamos propor ações futuras para tentar melhorar o preparo dos fonoaudiólogos do país para atuar nas demências. Uma das propostas é criar um artigo com recomendações aos fonoaudiólogos”, acrescentou Bárbara.
A presidente da Comissão de Ensino do CREFONO1, Vivian Neves (CRFa 1-14679), considera importante a participação da classe fonoaudiológica do Rio de Janeiro na pesquisa. O Departamento de Linguagem da SBFa também, afirmando em boletim especial sobre o assunto que “distúrbios da comunicação de ordem cognitiva ocorrem em todas as formas de demência e são um dos problemas mais frequentes e mais difíceis de manejar entre pacientes e familiares. É o fonoaudiólogo que se envolve diretamente com o cuidado dos distúrbios da comunicação desses pacientes, bem como das alterações de deglutição, audição e motricidade orofacial”.
A SBFa lembra que a estimativa é que, até 2050, o número de pessoas com demência no mundo triplique. Em países de baixa e média renda, como o Brasil, o número de pessoas idosas pode aumentar em 239%.
Acesse o questionário online e participe da pesquisa “Atuação fonoaudiológica na demência” aqui.
Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa
Em 30 de maio de 2019