Na noite de domingo, 5 de março, o Programa Fantástico, da TV Globo, exibiu uma reportagem especial falando sobre os desafios da amamentação no Brasil. Hoje, no país, quase 100% das mulheres iniciam a amamentação, porém, por muitas razões, dois terços param no meio do caminho.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), recomenda que os bebês recebam aleitamento materno exclusivo até seis meses de idade e, de maneira completar, até os dois anos. No entanto, apenas metade das crianças começam a ser amamentadas na primeira hora de vida. Para avaliar e eventualmente corrigir dificuldades apresentadas no processo de amamentação, é preciso uma equipe multiprofissional qualificada, onde é imprescindível a atuação do fonoaudiólogo, profissional que não é citado na reportagem.
O fonoaudiólogo ajuda a identificar as dificuldades na amamentação e a sua grande influência sobre diversos aspectos da saúde da comunicação humana, pois o aleitamento materno estimula e fortalece os músculos dos lábios, boca e língua, preparando esses órgãos para o aprendizado da fala e promovendo o equilíbrio da musculatura oral e a respiração nasal, além de prevenir a ocorrência de infecções de ouvido, evitando complicações para a audição.
Devido ao seu conhecimento sobre o crescimento das estruturas e desenvolvimento das funções do Sistema Estomatognático, o fonoaudiólogo auxilia a mãe no posicionamento do bebê e na pega do seio materno, preparando e estimulando a musculatura orofacial e estruturas do bebê para a fala, melhora o padrão de sucção, observa a ação do frênulo lingual e identifica fatores que podem levar ao insucesso da amamentação, além de prestar consultoria às mães.
Atua em diversos locais na equipe de aleitamento materno, inclusive nos centros de apoio à mulher e nos bancos de leite, conforme descrito na Resolução CFFa Nº 661, de 30 de março de 2022, que regulamenta tal atuação e reforça a importância desse profissional nas equipes de Aleitamento Materno, para desempenhar importante função em garantir uma mamada eficiente tanto para a mãe quanto para o lactente e diminuir os desafios encontrados no processo da amamentação.
O sucesso da amamentação não é responsabilidade exclusiva da mãe, mas de todos nós!