Parabenizo pela matéria “Gerenciamento de Carreira: Mediação Escolar e Fonoaudiologia, em busca da inclusão social.” Escrevo este depoimento em resposta à solicitação feita na Revista Diálogo Nº 22, sobre o relato de experiências em mediação escolar.
Atuo como professora de AEE – Atendimento Educacional Especializado, na Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Minha formação em Fonoaudiologia com Pós-graduação em Psicomotricidade e Especialização em Audiologia Clínica permitiu que as estratégias utilizadas em sala de aula tivessem um diferencial, logo percebido pela comunidade escolar. Com isso, ao longo dos meus 18 anos de magistério, sempre obtive resultados satisfatórios em relação ao aprendizado dos meus alunos, sendo procurada por responsáveis para que os filhos estudassem comigo.
Sendo assim, minha trajetória não poderia ser diferente. Sempre atuando com alunos com dificuldades de aprendizagem, fui convidada a trabalhar com Classes Especiais de alunos com deficiência em 1999. Primeiramente, atuei com Classe de C.T. (Condutas Típicas de Síndromes), atualmente com a sigla TGD (Transtornos Globais do Desenvolvimento), que atende aos alunos com Autismo, Psicose e Síndromes. Em 2002, com a regulamentação da Lei de LIBRAS, cursei o primeiro curso de LIBRAS da UERJ e posteriormente o curso de LIBRAS da FENEIS e hoje sou fluente em LIBRAS, atuando diretamente no processo de inclusão social e escolar dos alunos com TGD e Surdez na escola da 2ª Coordenadoria Regional de Educação.
Em 2010, no dia 24 de maio, a escola na qual atuo como Professora de AEE ganhou o Prêmio do MEC: “Experiências Educacionais Inclusivas: A escola aprendendo com as diferenças” no Seminário Internacional de Educação Inclusiva, Direito a Diversidade, em Brasília, DF, como a melhor experiência educacional inclusiva da Região Sudeste. Neste Seminário, fui palestrante, apresentando a experiência bem sucedida da Escola na inclusão de alunos jovens e adultos com deficiência.
Quando li a reportagem na revista Diálogo, fiquei orgulhosa ao verificar que meu trabalho está dentro da proposta da Fonoaudiologia, pois estou certa de que minha formação acadêmica fez a diferença nas minhas atitudes dentro da escola.
Por isso gostaria de publicar essa experiência.
Paula de Carvalho Fragoso
CRFa 6665-RJ
Fonoaudióloga e Professora da rede municipal de ensino o Rio de Janeiro.