EFono 2018 reúne CREFONO1 e universidades para comemorar o Dia do Fonoaudiólogo





EFono 2018 (Geral)

A quinta edição do Encontro da Comunicação Humana, EFono 2018, aconteceu em 8 de dezembro, sábado, no auditório do Instituto de Neurologia Deolindo Couto, campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. Em comemoração pelo Dia do Fonoaudiólogo (9 de dezembro), o EFono reuniu acadêmicos e fonoaudiólogos para debater Parcerias e Projetos Sociais do CREFONO1Promoção de Saúde em Fonoaudiologia (com a apresentação de projetos e programas das universidades) e Pesquisa Científica em Fonoaudiologia.

A mesa de abertura reuniu a conselheira do Conselho Federal de Fonoaudiologia, Monica Karl (CRFa 1-7205), a presidente do CREFONO1, Lucia Provenzano (CRFa 1-1700), a representante do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Claudia Drummond (CRFa 1-5503-3), da Fonoaudiologia da UniRedentor, Esther de Araújo (CRFa 1-8177) e do curso da Universidade Veiga de Almeida, Rita Leniza (CRFa 1-8832).

EFono mesa de abertura 2

A conselheira do CFFa, Monica Karl, ressaltou a importância da união da classe para manter direitos conquistados nas políticas públicas e chamou a atenção dos presentes para a Campanha Nacional do Dia do Fonoaudiólogo, que levou histórias reais às redes sociais e mídias de aeroportos, com o mote “Fonoaudiólogo, o profissional que muda a sua história”. Uma das versões compactas do vídeo da campanha foi exibida no evento, antes das mesas de debate.

Segundo Claudia Drummond, o EFono 2018 foi pensado em conjunto, numa parceria muito importante entre as universidades e o Conselho Regional, que “é importante que seja uma constante ao longo de todo o ano”.

Já Lucia Provenzano disse ser uma grande alegria participar de mais uma edição do EFono e convidou todos a compartilhar saberes, já que, na lógica da vida, dividir soma.

EFono Mesa 1Na primeira mesa de debates, Caio Sousa, da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/RJ e a presidente do CREFONO1, Lucia Provenzano, falaram sobre o Projeto Interagir, que surgiu como resultado do GT Fonoaudiologia para Todos, criado a partir do Seminário “Somos Todos Fonoaudiologia”, realizado no auditório da OAB/RJ, em junho de 2016. Para Caio Sousa, é preciso ter muita atenção neste momento político do estado e do país, onde podemos enfrentar alguns retrocessos. “É preciso empoderar a sociedade, que deve saber que pode contar com um tratamento que é seu direito”, disse.

Já a presidente Lucia Provenzano historiou como se solidificou a parceria com a CDPD OAB/RJ, que culminou com a construção de um manual de observação do desenvolvimento da comunicação social, a ser lançado em 2019, cuja base é a comunicação humana. “Vamos levar às famílias o conhecimento de como as crianças se desenvolvem em relação a questões fonoaudiológicas, para que elas identifiquem problemas, se houver. A Fonoaudiologia é importante nas diversas fases do indivíduo e estamos buscando mostrar para a população a relevância do início da comunicação em todo o processo de vida”, salientou.

Na segunda mesa de debates, as fonoaudiólogas Esther de Araújo, Cláudia Graça (CRFa 1-9665), Fabrícia Lois (CRFa 1-11260) e Priscila Starosky (CRFa 1-9898) detalharam os projetos sociais que os cursos de Fonoaudiologia desenvolvem em todo o estado, com foco na promoção de saúde.

EFono Mesa 2Segundo Esther de Araújo, “se não fosse a parceria entre a UniRedentor e as prefeituras, a população estaria desassistida na área fonoaudiológica em vários municípios do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro”. A professora universitária informou, ainda, que a faculdade, sediada em Itaperuna, Região Noroeste do Rio de Janeiro, tem a promoção de saúde preconizada durante toda a graduação, com Saúde Coletiva e projetos integrados, que culminam com a apresentação de trabalhos científicos. “Estamos inseridos no Nasf e vamos onde a população está, em feiras livres, por exemplo, levando o saber fonoaudiológico”, afirmou.

Mudanças sociais

Cláudia Maria de Lima Graça, da UFRJ, reforçou a ideia das parcerias, já que “não acredita em comunicação sem o outro”, disse. Assim, relatou como acadêmicos e professores de Fonoaudiologia da UFRJ estão presentes no dia a dia da comunidade da Mangueira e regiões vizinhas, na zona norte do Rio, seja na Vila Olímpica da Mangueira (por onde circulam de 8 a 12 mil pessoas mês, de diversas faixas etárias), seja na quadra da escola de samba, seja no Morro da Mangueira. Estudantes e fonoaudiólogas ligadas a UFRJ estão presentes na Clínica da Família Dona Zica, no Centro Municipal de Saúde Tia Alice e na Escola Tia Neuma. Também atuam na Clínica da Família Rinaldo De Lamare, na Rocinha, zona sul do Rio. “Não adianta eu falar de voz se eu não sei que água o sujeito bebe. Falar de lixo, de processo ecológico, é fundamental para falar de saúde. Levamos nossos alunos a pensarem sobre as diferenças e desigualdades sociais e como podemos ser agentes transformadores do social. É preciso respeitar o outro e suas histórias”, ensina Claudia Graça.

Fabrícia Lois Duarte, representante de uma das experiências em promoção de saúde da Universidade Veiga de Almeida, contou como a atuação de acadêmicos e fonoaudiólogos da UVA fazem a diferença na Casa Ronald Mc Donald, que dá assistência a crianças com câncer e mantém convênio com sete hospitais, entre eles o INCA. O atendimento vai de 0 a 18 anos. “O objetivo é estar integrados ao projeto de Educação da Casa, nas atividades escolares dos alunos hospedados lá, estimulando e orientando também os pais a dar continuidade a esse estímulo. Nosso foco é contribuir para o processo de aprendizagem de crianças que enfrentam o tratamento contra o câncer”, explicou Fabrícia Lois. Além da Oficina Tagarelando, de incentivo à leitura, a UVA também colabora com o projeto da Odontologia na Casa, numa atuação multidisciplinar que orienta sobre o uso de bicos, mamadeiras e chupetas, entre outros temas.

Já Priscila Starosky (CRFa 1-9898), da Universidade Federal Fluminense, disse que a Fonoaudiologia ainda vem consolidando sua participação e abrindo espaço no território, já que o curso em Nova Friburgo foi criado em 2010, dentro do projeto de expansão da UFF. “Damos nossa contribuição tanto na área de saúde como na educação, na saúde da pessoa com deficiência e também na saúde do trabalhador, em hospitais locais e na Vigilância em Saúde. Agora, estamos conhecendo o serviço de saúde auditiva e temos muito a conquistar, porque não há, por exemplo, audiômetro na rede”, exemplifica.

Pesquisa

Depois de ouvir as experiências das instituições de ensino em promoção de saúde, os participantes puderam visitar uma exposição de trabalhos científicos de alunos de Fonoaudiologia do Rio de Janeiro, enquanto era oferecido um coffee break. A Editora Wak também expôs livros com desconto e o Regional disponibilizou material informativo sobre diversas áreas de atuação, produzidos pelo Sistema de Conselhos.

EFono Silvana FrotaA terceira e última mesa de debates analisou a importância da pesquisa científica para o fortalecimento da Fonoaudiologia. Silvana Frota (CRFa 1-4725-4), da UFRJ, enfatizou que a ciência só se desenvolve com a pesquisa e que fonoaudiólogos vêm se dedicando atualmente à pesquisa translacional (pesquisas interdisciplinares). “A gente publica porque nossas descobertas, anos e décadas depois, vão contribuir para outras descobertas”, assinalou.

Cláudia Drummond contribuiu ao lembrar que toda a pesquisa com seres humanos precisa passar pelo Sistema CEP/Conep e ter seu protocolo aprovado para ser validada. E os fonoaudiólogos Aldemir Maciel (CRFa 1-15209) e Suzana Nery (CRFa 1-13993) contaram  suas experiências na pós graduação  em Fonoaudiologia Hospitalar e Linguística, respectivamente, e como suas pesquisas abriram portas no mercado de trabalho e os transformaram em profissionais mais seguros e aptos a enfrentar os desafios da profissão.

EFono 2018 (Lirica 2)

Antes do encerramento do encontro, uma apresentação relâmpago da cantora lírica Maria Clara Justino, acompanhada no teclado pelo professor da Escola de Música Villa Lobos, Leonardo Castro, surpreendeu e emocionou a todos. “A Fonoaudiologia mudou minha forma de cantar”, arrematou Maria Clara.

 

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Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fotos: Comissão de Divulgação

Em 19 de dezembro de 2018

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