Biofeedback e Neurofeedback, novas técnicas que podem alavancar o trabalho do fonoaudiólogo





Uma nova técnica de terapia comportamental que permite ao indivíduo desenvolver a capacidade de autorregulação fisiológica vem ganhando espaço entre profissionais da saúde. É o biofeedback. Através de sensores e equipamentos específicos, a técnica se divide em modalidades, denominadas conforme a resposta fisiológica monitorada, onde se destacam a atividade eletroencefalográfica (EEG), a variabilidade de frequência cardíaca (VFC), a respiração (RESP), a contração muscular (EMGs), a sudorese das mãos ou pés (RGP) e a temperatura da pele (TEMP).

A fonoaudióloga Renata Cardoso (CRFa 2-15364), que atua no município de Cruzeiro, interior de São Paulo, vem sendo rotineiramente convidada para participar de congressos de Neurociência em todo o país a partir de sua experiência em Biofeedback de Variabilidade de Frequência Cardíaca e Neurofeedback na Fonoaudiologia. Para ela, é importantíssimo que fonoaudiólogos se apropriem dessa nova tecnologia, como muitos profissionais da Psicologia, Pedagogia, Psicopedagogia e Educação Física já vêm fazendo, já que o recurso pode ser utilizado em todas as áreas de atuação fonoaudiológica.

“Dentro do biofeedback, temos também o neurofeedback, que permite a regulação da atividade eletroencefalográfica, um tipo de treinamento que pode melhorar a atenção e equilibrar o funcionamento cerebral”, ressalta Renata Cardoso. O neurofeedback vem sendo muito utilizado no tratamento de autistas, pacientes com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), distúrbios de aprendizagem, AVE (Acidente Vascular Encefálico) e distúrbio do processamento auditivo. O biofeedback pode auxiliar a Fonoaudiologia, ainda, no tratamento do zumbido, voz, respiração oral, entre outros.

A fonoaudióloga Renata Cardoso explica para a presidente da Comissão de Voz do CREFONO1, Mônica Azzariti (CRFa 1-9591), como funciona o Biofeedback de Variabilidade de Frequência Cardíaca para auxiliar na disfonia ocupacional do professor, por exemplo

“Hoje em dia, neuropediatras vem recomendando terapia com neurofeedback para distúrbios de aprendizagem e autismo, sem direcionar o profissional”, observa Renata Cardoso, que possui doutorado em Engenharia Mecânica pela UNESP e está iniciando pós doutorado em Engenharia Biomédica pela Unifesp, pesquisando sobre Avaliação do controle autonômico cardíaco e mapeamento do ritmo cerebral, além de ser associada a ABBIO (Associação Brasileira de Biofeedback).

Em junho, a profissional foi palestrante no I Congresso de Neurofeedback e Biofeedback do Rio de Janeiro, no campus da Universidade Veiga de Almeida, em Cabo Frio, Região dos Lagos e, recentemente, participou da quarta edição do Connaped (Congresso Nacional de Neurociência Aplicada à Educação), de 9 a 13 de setembro. Inicialmente, o Connaped surgiu como um congresso online, gratuito, mas está se expandindo para um portal de conteúdos aberto e gratuito.

Em novembro, a fonoaudióloga ressalta sobre a apresentação desses temas no I Congresso Internacional de Neurociência e Reabilitação, de 28 a 30 de novembro, em Goiânia (GO), com cursos pré-congresso acontecendo de 26 a 27 de novembro.

 

Por Rose Maria S. Alves, Assessoria de Imprensa

Fonte: Dialogando Especial (17/09/2019)

Em 18 de setembro de 2019

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