O Conselho Federal de Fonoaudiologia publicou uma recomendação solicitando que os fonoaudiólogos se abstenham de emitir parecer ou laudo para a condição que tem sido denominada de Síndrome de Irlen ou Dislexia Visual, Distúrbios de Aprendizagem Relacionados à Visão (DARV), conhecida pelo uso de lentes coloridas ou prismas com objetivo de tratar as dificuldades de leitura.
A recomendação destaca que no caso da presença de transtornos na aprendizagem da linguagem escrita, os fonoaudiólogos continuem utilizando as denominações já consagradas na literatura científica e disponíveis na Classificação Internacional de Doenças (CID) e no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). O CFFa lembra que tal diagnóstico deve ser realizado por equipe multidisciplinar.
Caso o fonoaudiólogo receba clientes que utilizem lentes coloridas ou prismas, o tratamento fonoaudiológico deverá ser feito conforme prevê a prática fonoaudiológica. A justificativa do CFFa para publicação da recomendação é a ausência de consenso sobre a Síndrome de Irlen manifestada em documentos públicos das seguintes entidades científicas: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (Parecer de 11 de novembro de 2011); da Academia Brasileira de Neurologia (Parecer de 22 de janeiro de 2014) e da Associação Brasileira de Dislexia (Parecer de 31 de janeiro de 2014).
Por fim, o CFFa reafirma que na terapia dos transtornos de aprendizagem os procedimentos e técnicas fonoaudiológicas devem ter respaldo científico na área.
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