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Insígnia com marca de corte e Insígnia

INSÍGNIA: À BUSCA DA IDENTIDADE

O CREFONO1 resgatou a história da insígnia de nossa profissão, partindo de dados levantados junto aos profissionais, documentos, convites e anéis de formatura. Um documentário rico e interessante que traz a magia da mitologia para a representação profissional, nos reportando à gloria e orgulho de ser fonoaudiólogo.

A INSÍGNIA

A insígnia da Fonoaudiologia foi criada entre as décadas de 1940 e 1950. Embora não tenham sido encontrados registros oficiais, documentos que compõem a série histórica da Fonoaudiologia a catalogam, desde a época de sua criação até os dias de hoje. A insígnia é representada pelo bastão e a serpente, pela pena e pelos ramos de café.

O BASTÃO E A SERPENTE

O bastão e a serpente, símbolos de diversas profissões de saúde, foram inspirados em Asclépio, a quem foi dado o poder da cura. Asclépio era filho de Apolo e Coronis tornando-se discípulo de Quiron, que lhe ensinou sobre a cura através das plantas, banhos, terapias, jogos, músicas e dramatizações. Após ter sido fulminado com um raio por Zeus, por ter ousado ressuscitar os mortos, Asclépio passou a ser cultuado, por gregos e romanos como o “deus da cura”. Em várias esculturas gregas e romanas e em descrições de textos clássicos, Asclépio é sempre representado segurando um bastão com uma serpente em volta.

A serpente, em amarelo, representa a prudência, a vigilância, a sabedoria, a vitalidade, o poder de regeneração e preservação da saúde. O bastão, em marrom, simboliza os segredos da vida terrena, o auxílio e suporte da assistência à saúde e o poder da ressurreição. A origem vegetal do bastão representa as forças da natureza e as virtudes curativas das plantas. Hoje, o bastão e a serpente têm sido utilizados por muitas profissões de saúde como forma de simbolizar o desejo pela manutenção, restabelecimento da saúde e da cura para os problemas de saúde física e mental.

A PENA

A pena, em cor branco rajado, representa o meio de comunicação humana mais primitivo e importante na história da civilização, desde os primórdios até a Idade Média.

A comunicação escrita foi criada por Toth, venerado e transformado em deus criador pelos antigos egípcios, desde que trouxera o uso da escrita hieroglífica, da alquimia, da matemática, da medicina, da arquitetura, da magia, enfim, a base de todas as ciências que levaram os egípcios a um altíssimo nível de conhecimento. Toth era o deus da Lua, da sabedoria, o medidor do tempo, e o inventor do sistema de escrita, criador dos hieróglifos e do sistema de numeração. Segundo Platão, Toth, também chamado por muitos de Hermes, foi o pai das letras, da geometria, revelador do uso dos números e da astronomia. Deixou mais de dois mil livros escritos, quase todos destruídos quando do incêndio da Biblioteca de Alexandria. Segundo a antiga tradição egípcia, Toth era a mente e a palavra falada de RA, deus egípcio, criador do universo. A palavra constituía o poder com que RA objetivava suas idéias, através de Toth, considerado o deus protetor de todas as artes, ciências, e produções intelectuais. Foi ele o responsável por transmitir o alto conhecimento da civilização que morria para a nova que nascia. Toth era poderoso em conhecimento e em discurso divino. Foi o inventor da linguagem escrita (hieroglifos) e falada. Como o Senhor dos Livros, era o escriba dos deuses e patrono de todos os escribas. Ele representa, portanto, a Sabedoria como a mais alta função da nossa mente. É o guardião postado entre os reinos racional e o intuitivo, permitindo a expressão articulada da intuição, mostrando o caminho além das limitações do pensamento.

Por volta de 300 anos a.C., apareceu a primeira caneta feita com junco ou bambu, cuja ponta era talhada fina e embevecida em tinta retirada de plantas. Na Idade Média, surgiu a caneta feita por uma imensa pena de pássaro, onde o bico da pena era imerso em tinta. Os primeiros livros escritos na Europa foram de bico de pena. Assim, tanto a comunicação à distância quanto os documentos e livros históricos e literários tiveram seus registros, até a contemporaneidade, graças à comunicação escrita à pena.

OS RAMOS DE CAFÉ

O ramo de café acrescentado à insígnia dá o toque final da simbologia nacional. Presente no Brasão da República, o ramo de café simboliza a riqueza nacional que marcou a economia brasileira à época do Segundo Reinado e início da República.

Como podemos constatar, a insígnia foi cuidadosamente elaborada e concede à Fonoaudiologia um dos mais belos e significativos símbolos profissionais. Lamentamos o pouco valor dado à insígnia de nossa profissão e a seus autores, desconhecidos até a presente data. Por esse motivo, o CREFONO1 abraçou a iniciativa de resgatá-la e reconstruí-la.

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