Debate Público discute inclusão de fonoaudiólogos educacionais na rede municipal de ensino do Rio





Debate Fono Edu 2017

A Câmara de Vereadores do Rio realizou nesta segunda-feira (7), no Salão Nobre, um Debate Público com o objetivo de discutir a possibilidade de contratação de fonoaudiólogos para trabalhar nas escolas da rede municipal de educação do município. A proposta é que o profissional possa realizar um trabalho em conjunto com os professores para identificar antecipadamente problemas de fala e audição dos alunos.

De iniciativa do vereador Paulo Pinheiro (PSOL), o debate contou com a presença da presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia do Rio de Janeiro, Lúcia Provenzano (CRFa 1-1700); a representante do Conselho Federal de Fonoaudiologia, Mônica Karl (CRFa 1—7205); a fonoaudióloga e professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), Gladis dos Santos (CRFa 1-4075); a fonoaudióloga e professora da UFRJ, Renata Mousinho (CRFa1-6386); a professora do Colégio Pedro II, Maria Aparecida Lima; e o professor Jarley Frieb Júnior. A presidente da Comissão de Educação do CRFa 1ª Região, Andrea Michaela Leal (CRFa 1-8182), também acompanhou as discussões.

Renata Mousinho acredita que a integração entre fonoaudiólogos e professores traria melhorias para a sociedade como um todo, inclusive poupando gastos futuros em saúde. “A cada US$1 que não investimos na criança, precisamos investir US$7 no adulto”. Ela defende que a presença de um fonoaudiólogo educacional pode fazer a diferença na construção de uma sociedade mais justa. “A escola é um lugar que as crianças frequentam, e isso garantiria a todos a oportunidade de ter um trabalho conjugado de educação e saúde”.

A presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia, Lúcia Provenzano, afirma que o trabalho do profissional de Fonoaudiologia deve prezar o pleno desenvolvimento da pessoa e da sua aprendizagem, porém a população está desassistida desse atendimento. “Numa determinada área do município, temos uma população estimada de 973 mil pessoas e apenas sete fonoaudiólogos. E isso acontece em outras regiões da cidade”, revela.

A professora Maria Aparecida Lima apresentou o exemplo exitoso do Colégio Pedro II, que passou a contar com o um fonoaudiólogo educacional. “Ter um profissional que possa fazer a triagem dos alunos que apresentam dificuldades, que trabalhe em parceria com o professor, que realize oficinas com pequenos grupos, tudo isso tem sido muito importante para o Colégio Pedro II”.

O vereador Paulo Pinheiro acredita que o próximo passo é levar uma proposta mais consolidada para a Secretaria Municipal de Educação (SME). “Esse debate nos dá condições técnicas para cobrar da SME a inclusão dos fonoaudiólogos educacionais nas escolas”. O parlamentar ainda apresentou como propostas a tentativa de incluir esta demanda no Plano Municipal de Educação, que deve ser votado ainda este mês, além de promover reuniões e audiências públicas com a presença de profissionais de Fonoaudiologia e representantes da Secretaria.

 

Fonte: Ascom Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Foto: Ascom Câmara Municipal do Rio de Janeiro

 

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